Mauro Carlesse sentindo na prática resultado de escolhas. A possibilidade de inelegibilidade daqui a quatro anos interrompe seu projeto político, até aqui impecável do ponto de vista eleitoral.
Se antes respondia apenas por processos de ação penal privada (que não o colocariam inelegível pela Lei Complementar 135/Ficha Limpa), foi empurrado pelos excessos eleitorais no governo interino, a ver-se na iminência de nela ser enquadrado.
Ações certo modo explicitamente amadoras que se deduz tenha sido convencido a autorizá-las por auxiliares apressados e baseados em análises superficiais de campo e território, texto e contexto.
Pode-se argumentar que Carlesse não poderia mais disputar uma reeleição em 2022. Mas teria oportunidade e condições de brigar por uma vaga no Senado com chances concretas de êxito.
Daí sua desgraça favorecer aliados convenientes e concorrentes que dele se aproximam justamente não pela absolvição, mas condenação.
Algo que Mauro Carlesse não necessitaria preocupar-se não cometesse os deslizes de principiantes da eleição suplementar.