A prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro, decidiu cortar o problema pela raíz: demitiu ontem a secretária de Planejamento, Fernanda Rodrigues da Silva. A Secretária é, oficialmente, tida como a arquiteta daquela idéia de jerico do Controle Interno do município de fazer o papel de Câmara: liberar apenas 50% do orçamento de cada pasta autorizado pelos vereadores (Lei Orçamentária Anual), retendo os outros 50% sob controle do Planejamento/Controle. Na publicação do Diário Oficial, a exoneração é a pedido. Mas não é bem assim, do ponto de vista político.
Uma crise anunciada com antecedência, como apontou este blog em primeira mão (https://www.luizarmandocosta.com.br/se-for-adiante-propositura-do-planejamento-e-controle-interno-imposta-no-orcamento-cintia-ribeiro-que-se-cuide-sera-prefeita-pela-metade/). A prefeita estava, à época, fora do Estado atrás de recursos. Os titulares do Planejamento e Controle alegavam que a decisão da liberação seria da prefeita. Ou seja, estariam facilitando. Mas, na verdade, causavam mais prejuízos que benefícios à Chefe do Executivo metropolitano que, na prática, seria uma prefeita pela metade, dependente (assim como os secretários) do aval do Controle e do Planejamento para executar o orçamento.
No popular, vereadores e secretários passaram a apontar o dedo para a secretária Fernanda Rodrigues como interessada em disputar mandatos nas próximas eleições. Um direito que lhe assiste. E que estaria sendo empurrada a isto pelo chefe do Controle Interno, Edmilson Vieira. Só que fazendo uso da discricionariedade orçamentária numa prefeitura que tem outros secretários também interessados em disputar cargos eletivos. E ainda tem os vereadores e a própria prefeita.
Cinthia não quis saber: cortou o potencial problema pela raíz.
