A prefeita Cínthia Ribeiro faz, a priori, uma administração com poucos reparos. A cidade está cuidada, eventos lotando hotéis, bares e restaurantes, não aumentou a carga tributária (mas elevou receitas), administração enxuta do ponto de vista fiscal, não responde a demandas jurídicas cabeludas e, por mera relação de causa e efeito (e gravidade) tende a ampliar apoios na Câmara. Isto em um ano e meio de administração.
É criticada, em larga medida, por fazer a coisa certa. E aí, sob o ponto de vista político, abre flancos. Faz, na prática, o que seu antecessor ampliava na teoria. Tem aversão a "negociações" de apoios e as expõe, expandindo as áreas de atrito, valorando mais suas convicções que o processo político. Se revisitasse o senador João Ribeiro, encontraria um meio termo. Mas cada um vai por onde imagina caminhar melhor.
A práxis que emprega tem, pela lei da física, reação naturalmente. E num ambiente em que as redes sociais sem substância substituem a retórica e a dialética limpas, proliferam teses estapafúrdias como a de que estaria praticando nepotismo na Prefeitura nomeando parentes de servidores públicos para cargos de confiança, como o publicado no Diário Oficial de sexta.
Ora, o fator determinante para o nepotismo no caso é a prefeita que, pela Súmula 13 do STF, não poderia nomear era parente seu em cargo da administração direta. O resto é desinformação em favor de proselitismo eleitoral.
Ela pode nomear quantos casais achar necessários e que observe tecnicamente importantes para a administração. É sua competência a nomeação ou não. Mas as redes sociais, empurradas por seus adversários, gritam: alto lá. Não pode!!!! A prefeita está empregando parentes!!!!!
Uma piada. Tanto a acusação, sob estes termos recentes, quanto o uso do expediente por parte dos adversários da prefeita na antecipação da campanha eleitoral.