O governo entrou nos cem dias e se fôssemos avaliar o que fez nos primeiros três meses talvez tivéssemos dificuldades para apontar avanços que se sobrepusessem à relação de retrocessos operados pelo poder público sob o pretexto de exercer sua competência discricionária em favor da população.
E mais grave: o governo não os cometeu sozinho e, não raro, tendo conhecimento do que estabelecia e afrontava com determinadas medidas tomadas à revelia do exercício legal e legítimo da representação.
Teve, com efeito, como avalista outro poder: Legislativo. Endossantes e endossatários solidários com a penca de medidas controversas e desgarradas do ordenamento jurídico, quanto extremamente prejudiciais ao Estado.
Como o foi a postergação do orçamento e, agora, a tentativa de mudar delegados da titularidade de inquéritos, fazendo uso da artimanha de aprovar uma emenda constitucional autorizando o governo a transferir delegados, para ficar só nas duas incursões. E já se movimentaria para atacar direitos sindicais, como a inamovibilidade de dirigentes de sindicatos.
Evidentemente que decisões certamente não aprovadas pela maioria que foi às urnas por quatro vezes no ano passado, em duas eleições com dois turnos, e escolheu democraticamente o Governador.
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