A professora aposentada Yolanda Divina da Silva estava até recentemente recebendo regularmente na sua conta no Banco do Brasil a sua pensão do Igeprev. Até aí tudo bem. Não!!!!! A professora faleceu em 2009 e, apesar disso, o Igeprev depositava regularmente em sua conta a sua aposentadoria. Nós estamos em 2015!!! O valor que está parado indevidamente na conta chega a R$ 57 mil que o BB estipula suas condições para devolução. Assim como o caso da professora, existe uma centena de outros semelhantes no Instituto que banca a aposentadoria dos servidores do Tocantins. E o buraco é maior ainda, porque, concomitantemente, existem os empréstimos consignados, Plan-Saúde, Imposto de Renda,  uma série de repasses que o Igeprev tem feito normalmente para pessoas que já não existem.

Na esteira destas descobertas, identificou-se também que há mais de 300 servidores estaduais à disposição de outros órgãos e que não estariam fazendo os recolhimentos devidos. Como se sabe, há a parcela patronal e a do servidor. Há servidores à disposição de órgãos em Goiás, Maranhão, Paraíba, para prefeituras e outras instituições, indiferentes ao pagamento das contribuições, mas acreditando em suas aposentadorias. Inadimplência que por certo atinge as finanças do fundo e o cálculo atuarial.

A questão é só mais uma demonstração de como o Igeprev vinha sido administrado e sem qualquer fiscalização mais efetiva tanto dos parlamentares, Tribunal de Contas como dos próprios servidores públicos. É um problema que a atual administração do Instituto quer combater e para tanto informa que já está fazendo um mapeamento detalhado da situação. Afinal, a desorganização, em se tratando de recursos financeiros, é a direção acertada para quem busca prejuízos. Partindo-se do contigente envolvido (46.553 servidores, dos quais 37.878 ativos e 9.172 inativos.), contribuições mensais que alcançam a cifra de R$ 58 milhões (novembro/2014) e um patrimônio líquido de R$ 3,3 bilhões, não é café pequeno.

Por isso, não é de estranhar que o Conselho de Administração do Igeprev tenha agido livremente naquelas aplicações contrárias à legislação e flagrantemente prejudiciais ao fundo, correndo o risco de provocar um rombo de R$ 1,1 bilhão no patrimônio dos servidores, dos quais quase meio bilhão de reais já confirmados. Sem volta!!! Administrar o Igerev era, literalmente, uma farra, apesar de demonstrações políticas públicas de zelo.

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