O governo brinca com fogo.  É provável que tivesse uma pesquisa no Estado, Mauro Carlesse apresentasse resultado semelhante ou pior que os concedidos pelo Ibope a Jair Bolsonaro

O problema é que a falta de apoio político da população pode provocar ações contra o Governador por improbidade administrativa e crime de responsabilidade. São ações que qualquer cidadão pode protocolar no Legislativo ou na Justiça.

A presidente Dilma Roussef, por exemplo, não praticou nada além do que FHC ou Lula. Mas foi defenestrada pelo Congresso. Aqui, evidentemente, os deputados só fariam algo semelhante caso o governo não cumpra o que lhes prometeu. Ou por pressão de suas bases políticas. E não está longe.

Tomo como exemplo um ponto: os médicos deixarão seus cargos nos hospitais públicos de Miracema, Porto Nacional, Palmas e Paraíso daqui a uma semana. Terão cumpridos os 30 dias de aviso prévio exigidos pela Justiça.

Até agora não há qualquer movimentação do governo para cobrir essa lacuna. Saúde pública é direito constitucional.  A população, tudo indica, terá sua situação piorada.

Só do governo federal (verba carimbada) o governo já recebeu recursos em torno de R$ 200 milhões este ano. Suas receitas totais elevaram-se a R$ 1,7 bilhão.

O governo tem se recusado, entretanto, recorrentemente a cumprir decisões judiciais. Especialmente na saúde. E o que é isto? Crime de Responsabilidade. Está lá no Artigo 12 da Lei 1079/50, dos crimes de responsabilidade. Constitui crime:

Artigo 12: 2) recusar o cumprimento das decisões do Poder Judiciário no que depender do exercício das funções no Poder Executivo. 4 ) Impedir ou frustrar pagamento determinado por sentença judiciária.

E o que dizer da realização de despesas sem cobertura contratual (como apontei aqui dias atrás na Saúde). Dispõe a Lei 8429/92, de crimes de Improbidade administrativa:

Artigo 10 : IX – ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei ou regulamento. Artigo 11 – Retardar ou deixar de praticar indevidamente ato de ofício.

O governo vai para três meses de Lei Orçamentária. Ou seja, está funcionando há quase noventa dias sem uma lei autorizativa de despesas.

São todos os crimes explícitos e cuja penalidade é a perda do cargo e de direitos políticos.

 

 

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