A democracia concedeu a Jair Bolsonaro o cargo de presidente da República. Espera-se, agora, que o país volte a trabalhar e o bom senso, ausente na campanha eleitoral, retome o seu eixo.
O presidente eleito fez, após o resultado das urnas um discurso conciliador e de respeito à Constituição e às liberdades democráticas, reduzindo suas agressões à democracia a bravatas inconsequentes.
Ainda que se possa tratá-lo, o discurso do eleito, como um avanço, nunca é demais refletir que a verbalização é a representação do que a pessoa sente e pensa, sujeita ao crivo moral e ético aplicado também na simulação de um ou de outro pensamento. Seja na sua afirmação ou negação.
O presidente, escolhido pela maioria dos brasileiros, deve, entretanto, ser apoiado por todo o país para implantar as reformas necessárias à volta da normalidade econômica e política.
O Brasil tem suas instituições democráticas funcionando com todo vigor. Legislativo, Judiciário e Executivo dando essência e substância à democracia e ao estado de direito. Uma resistência institucional relevante.
De todo modo, os 47 milhões que preferiram Fernando Haddad a Jair Bolsonaro serão, certamente, contraponto ao presidente eleito por outras 57 milhões de pessoas, nas suas inflexões não republicanas, caso decida-se por contrariar, novamente, seu discurso.
Até agora, ganhou a democracia. E que Bolsonaro consiga realizar o que a população tanto necessita, num país rico em potencial e pobre, do ponto de vista moral e ético, no exercício da política.