O Banco da Amazônia já foi criticado por priorizar grandes empresários do eixo Rio/São Paulo com os recursos do Fundo Constitucional do Norte (FNO). Ainda que um conselho deliberativo fosse o responsável pela avaliação de empréstimos de maior monta e os grandes empresários pudessem ter seus negócios na região Norte do país apesar de suas origens.

Os números apresentados ontem pelo superintendente da instituição, Marivaldo Melo, apontam uma nova realidade. No Estado do Tocantins, o banco deve elevar sua carteira de empréstimos este ano para algo em torno de R$ 5 bilhões. Isto é 50% do orçamento do governo do Estado e perto de 17% do PIB estadual. Não é pouco. Cerca de 75% destes recursos aplicados no setor agropecuário, vocação econômica do Estado.

Como é sabido, a história do Basa antecede a criação do próprio Estado. No ex-Norte,onde não havia BEG, Caixego, BB ou Caixa (pela falta de atrativo financeiro aos bancos) lá estava uma agência do Banco da Amazônia. O banco, também fato, perdeu-se por algum período para acompanhar o processo de modernização bancária pelo descaso do próprio governo federal.  O banco chegou até mesmo a montar agências da instituição no Sudeste do país quando,originariamente, suas funções se limitavam a fomentar a economia da região Norte,considerada mais carente de investimentos.

Hoje parece ter mudado. E o que o comprova são os números. Marivaldo salientou ontem que o banco tem para emprestar a pequenos, médios  e grandes empresários da área rural o equivalente a R$ 2 bilhões, praticamente o dobro dos R$ 1 bilhão e 100 milhões destinados no ano passado a produtores do Estado.

"Nenhum outro banco empresta a longo prazo", explicou Marivaldo, raciocinando que os riscos podem reduzir a oferta de crédito bancário em 2019 à ordem de 50%, mas que o banco continuaria sua expansão. Ele cita como impeditivos os riscos das operações. O Basa segue,portanto, uma relação inversa: está em praticamente 100% dos 139 municípios do Estado.

E não só investe na agricultura e pecuária, também está na saúde e educação "Até UTIs nos financiamos na capital", disse o superintendente. Nos últimos 30 anos, o Fundo Constitucional do Norte (FNO),principal linha de financiamento do Basa, aplicou na economia regional o equivalente a R$ 46,3 bilhões. Não é pouco!

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