Leitores (e eleitores) – minoria – dizem-me: LA, você pega muito no pé dos deputados. Ora, eles (que consomem R$ 249 milhões/ano do bolso do contribuinte) são sujeitos a escrutínios pelo que representam e tem de mordomias num Estado onde 55% estão na pobreza/extrema pobreza (relatório do Banco Mundial).

O movimento da deputada Luana de procrastinar a votação do orçamento é capaz de produzir prejuízos inestimáveis à coisa pública. Na exata proporção em que facilita para o Governo no que necessitaria na sua estratégia de jogar parado, mas contra a razão das necessidades fiscais e das demandas da população.

Também por pura lógica, beneficiando Mauro Carlese, Luana favoreceria uma percepção de que ao Governador beneficiaria sua manutenção como aliada na presidência do Legislativo. Ao risco de apostar em Toinho Andrade ou Vilmar do Detran que estão na fila de preferências palacianas.

Toinho porque é tido como seguidor cego de posições governamentais (não só deste governo) contrariando, não raro, a representação popular. E Vilmar pela lealdade a Eduardo Gomes, senador eleito. Luana, com as ações no Legislativo pró-governo, estaria, assim, a arrefecer as impressões de riscos que poderia oferecer dada a pública ascendência do deputado federal Carlos Gaguim, a que se subordinaria politicamente.

Não à toa, Luana emplacou na diretoria geral da Assembléia Legislativa o servidor Antônio Braga Junior, ex-diretor do Legislativo na gestão Carlos Gaguim e ex-Chefe da Casa Civil do mesmo Carlos Gaguim no governo.  E que era, até dias atrás, chefe de gabinete do mesmo Carlos Gaguim na Câmara dos Deputados, não por falta de competência. Poder paralelo.

Tudo isso aí poderia ser elemento para a oposição que, para não passar recibo de incoerência, decidiu rachar. Começando pelos deputados do próprio MDB (maior bancada com cinco deputados) a partir das movimentações de Elenil da Penha e Jorge Frederico, em direção a Toinho Andrade, contra Nilton Franco, do mesmo MDB, que tinha, até agora, ativos declarados suficientes para, senão ganhar do Palácio, como dar expressiva dificuldade ao Executivo na consecução de seu objetivo de domesticar o Legislativo.

Os deputados do MDB (e aqueles a quem acompanham), assim, podem decidir colocar Mauro Carlesse, que já é Chefe do Executivo, também chefe do Legislativo, por intermédio do braço de Toinho Andrade ou da própria Luana Ribeiro que já não lhe estende apenas a mão.

Tudo isso contra a vontade do eleitor que votou no deputado para legislar no Legislativo e fiscalizar o governador, eleito para governar o governo.

Mas quem diz que eles ligam para esse negócio de função e competências públicas. Querem mais é se esbaldar. Querem ser todos mano!!!

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Ponto Cartesiano

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