A Comissão Parlamentar de Inquérito na Câmara que investiga as aplicações no PreviPalmas faz oitivas nesta terça. O ex-prefeito Carlos Amastha está confirmado. O advogado de Amastha, Leandro Manzano, confirmou nesta manhã sua presença na CPI e disse que Amastha está tranquilo.

Amastha tem demonstrado serenidade quanto à investigação. Em conversa recente com este blog, o ex-prefeito reconheceu que pode ter havido irregularidade mas que elas tem que ser investigadas para a responsabilização dos autores.

Ele salientou que quando surgiram indícios de inconsistências nas decisões do PreviPalmas, teria substituído (demitido) os diretores. E que não tinha participação na decisão de escolher os fundos onde os recursos seriam aplicados.

A CPI, entretanto, tem muita coisa a prescrutrar. Uma delas: a Reag (que renunciou à administração do Cais Mauá em maio) não enxergaria conflito no fato de ter como distribuidor de seus fundos a mesma empresa (Finance Moinhos) que também distribuía os fundos da Icla/ex-Porcão. E que tinha entre os sócios um dos representantes da própria Reag, José Bitencourt e o ex-presidente do Cais Mauá, Ademir Schneider.

Ou até mesmo se a Reag não consideraria suspeito o fato de administrar 90% de tudo que o PreviPalmas, na gestão de Carlos Amastha na Prefeitura, aplicou em fundos de risco: R$ 50 milhões. Ou isto nada despertasse nos diretores do PreviPalmas ou na Prefeitura.

São indagações pertinentes que bem poderiam constar do rol de perguntas dos vereadores na Câmara de Palmas nesta terça. Até para dar oportunidade de defesa aos questionados e reparar possíveis desvios de interpretação de condutas.

Sem, evidentemente, refutar a verdade: as aplicações foram feitas em fundos de riscos e acima do permitido pela legislação que limita os investimentos a 5% do patrimônio do fundo investido.

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