O ex-prefeito Carlos Amastha provocando o governador Mauro Carlesse nas redes sociais, portais e jornais, a participar do debate na TV Anhanguera/Globo no dia 2 de outubro. Ou: cinco dias antes das eleições.

Amastha faz o papel dele. É inegável a sua supremacia retórica a Carlesse. E na TV qualquer descuido, não tem volta. Não sem razão, portanto, estica a corda e estimula a reação do governador.

Um confronto ao vivo com seu principal adversário (e tido pelas pesquisas como favorito nas intenções de voto) só tem a favorecer o próprio Amastha que não teria nada a perder. E segue em viés de crescimento.

Carlesse pode muito bem pesar a relação custo/benefício de uma exposição dessas, a uma semana das eleições que não estará negando as regras democráticas.

A mesma liberdade democrática e estado de direito que concedem aos candidatos o dever de demonstrar à população o que prometem, permite-lhes, com efeito, também por direito, escolherem os meios para fazê-lo.

Uma negação do governador, como se deduz, não validaria uma afirmação de Amastha em sentido contrário. Ambos, afinal, estariam querendo fazer uso dos mesmos meios para finalidades diferentes.

Ainda que se possa colocar no palanque de Amastha a argumentação (também lógica) de que faltando a um debate, Carlesse estivesse negando transparência ou demonstrando algum tipo de insegurança. O que, evidentemente, ainda que pudesse ser uma suposição plausível, não significaria, por causa e depois disso, a priori, fragilidade de propósitos.

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