Caros, o diálogo (se é que isso pode ser chamado de diálogo) é atribuído pelo G1 Tocantins ter sido travado entre um tenente-coronel da PM (comandante do policiamento na Capital) e um delegado da delegacia de homicídios. Motivos: a prisão de um soldado PM que teria atropelado e morto um ciclista em Palmas. Leia, volto depois.

PM: Agora por favor, dispensa meu militar que ele tem que voltar para o quartel dele, que lá que é casa dele.

Delegado: O senhor vai levar ele?PM: Eu levo. [inaudível]. - PM: Ele não vai falar nada não. - Delegado: Aqui.... Aqui o senhor não manda não. - PM: Eu não mando mesmo não. Eu não mando mesmo não. - Delegado: Não. Aqui o senhor não manda não. - PM: Quem disse que eu tô querendo mandar aqui? - Delegado: Tá? Aqui o senhor não manda não. - PM: Quem disse que eu tô querendo mandar aqui? - Delegado: Aqui o senhor não manda. - PM: Eu só tô falando que ele não vai falar nada não. Que ele vai voltar pro quartel dele. - Delegado: A senhora que está acompanhando ou é ele? - PM Mulher: Sou eu. - PM: Eu sou o comandante de policiamento da capital. Eu sou o superior dele. Eu sou o superior dele e num vou sair não. - Outra pessoa: Peço que o senhor dê licença. - PM: Num vô sair daqui.

Em outro trecho, o comandante de policiamento critica a iniciativa do delegado de pedir a prisão.

PM: Agora é brincadeira, viu? O negócio foi domingo, o cara é trabalhador, tem endereço fixo, tava trabalhando. Tem tanto bandido aí pra prender. Se ele estiver errado, que no final do inquérito configura isso que ele tá errado. Mas em dois dias, pedir a prisão do militar? É brincadeira.

 

Voltei. Reflita leitor:
  • O que aconteceria se você leitor entrasse numa delegacia para arrebatar um amigo ou parente preso, de arma na cintura, como nos métodos do PCC para arrebatar Marcola ou Beira-Mar. Só porque não concordaria com a prisão do ente querido!!!
  • O que aconteceria se você, leitor, adentrasse o Fórum para, armado, retirar dali um parente preso numa, por exemplo, audiência de custódia com o juiz criminal da Vara!!!

A ação do PM, como é notório, é produto da falta de governo. No governo Marcelo Miranda, PMs entraram numa delegacia para resgatar outro PM preso. E não se fez nada!!! Os policiais (em larga medida) não tem consciência plena do que é poder de polícia, infelizmente.

A falta de orientação (e neste governo os oficiais mais experientes são contra a bagunça) permanece. A maioria dos PMs obedece os dispositivos legais.

Deduz-se que por serem bons carateres por natureza, educação familiar. A impunidade, entretanto, alimenta aqueles que não dispõem de prudência para controlar ímpetos primitivos.

No atual governo, assiste-se de camarote o Palácio Araguaia alimentar animosidade entre a PM e a PC.

No caso específico: se o PM estava preso numa delegacia, as armas públicas (PM) não seriam o instrumento para tirá-lo de lá. Ademais, uma prisão determinada pela Justiça!!! Ou seja, o Comandante do Policiamento da Capital pedia desobediência à ordem judicial!!! Sem essa de habeas corpus, advogado, justiça.

Até no mérito, o Comandante talvez não tivesse razão. A Justiça deve ter decretado a prisão em função de suposta modificação da cena do crime!!! E não pelo flagrante que não teria existido. Apesar de ter flagrante presumido e impróprio.

O fraude processual penal dá quatro anos de cadeia. O mesmo do homicídio culposo. Se neste, o PM pode alegar que não teve intenção, naquele, não!!!!

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