Nessa história da CPI do PreviPalmas (aplicações irregulares de R$ 50 milhões) os vereadores talvez se seguissem o dinheiro pudessem desvendar alguma coisa.

E, evidentemente, auxiliar a Justiça a bloquear os recursos dos investimentos. Há uma decisão da 1ª Vara da Fazenda e Registros Públicos de Palmas de 4 de julho de 2018 que bloqueou, liminarmente, via sistema Bacenjud, eventuais valores existentes nas contas bancárias dos fundos investidos (fato relevante publicado no dia 13 de julho pela Lad Capital que administrava o Tercon no lugar da Reag).

O problema é que a Lad Capital já havia devolvido (fato relevante de 6 de Julho) o fundo Tercon, renunciando naquela data à administração fiduciária do fundo. A Lad Capital tinha sido colocada como administradora após a renúncia da Reag ao Cais Mauá. A custodiante (guardiã da grana) ficou, na época, sendo a Positiva (NSG/Icla/Ex-Porcão) que mudou para a Austro em Porto Alegre.

Essa Austro assumiu o Tercon/Reag. Ela administra o fundo Catânia que tem R$ 16 milhões do Cais Mauá e R$ 38,9 milhões do Multimercado Oslo. Ou seja, a Austro é a maior cotista do Oslo.

Em menos de um ano os milhões do PreviPalmas (pelos menos os do Tercon) mudaram de mãos e os fundos, de nomes. Hoje, para tratar da grana, o PreviPalmas tem que ir atrás da NSG, tanto na nova corretora que entrou na parada, Wings (que tem a Austro como administradora) quanto no FIP Cais Mauá, cujo custodiante é a Positiva. Ou seja: a própria NSG. De outro modo: tudo na turma do ex-Porcão que deu o cano no Igeprev.

Por estas e outras a Justiça ainda não teria conseguido bloquear recursos nas contas bancárias dos fundos. O dinheiro está correndo feito veado campeiro no cerrado. Viajando igual vento.

 

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